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Aumento da energia elétrica eleva os custos totais das indústrias pernambucanas
A alta no preço da energia elétrica ainda representa uma fatia considerável dos custos total das indústrias pernambucanas. De acordo com a Sondagem Especial inédita feita pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) em parceria com a Confederação da Indústria (CNI), 61,4% das indústrias locais sentiram o impacto do aumento da energia nos seus custos totais. Para 56,2% das indústrias, o aumento nos gastos com energia foi de até 20% nos últimos 12 meses.
O estudo revelou ainda que a maioria das indústrias pernambucanas – 71,9% – utiliza a energia elétrica como principal fonte de produção. As outras fontes registraram um percentual bem menor do que a principal citada, são elas: gás natural (7%), bagaço de cana (5,3%), óleo diesel (3,5%), GLP (1,8%) e lenha (1,8%).
Segundo o economista da FIEPE, Cézar Andrade, a sondagem ressalta o quanto é necessário a diversificação da matriz energética em Pernambuco. “Observa-se que há pouquíssimo investimento em outras fontes, o que gera mais insegurança energética e limita a eficiência dos custos e da produção”, comentou, frisando que apenas 10,5% das indústrias realizaram investimentos em uma nova fonte, enquanto 61,4% não apostaram em novas modalidades.
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – Cientes de que esse é um processo que leva tempo, já que as empresas precisariam de uma mudança de cultura e disposição para investir, o SENAI Pernambuco oferece alternativas que buscam mitigar esses custos, a partir do programa Mais Energia, Menos Custos, que está recebendo novas adesões. Para participar, os empresários devem se cadastrar no site https://mkt.pe.senai.br/maisenergiamenoscustos.
Para que essa economia chegue na ponta, o programa oferece às empresas, em sua primeira fase, um pré-diagnóstico totalmente gratuito, no qual consta a análise do seu perfil de consumo e a estimativa de redução de desperdícios que pode ser alcançada com a otimização do uso da energia no processo produtivo. Em 2022, o projeto beneficiou mais de 120 empresas de todo o Estado, possibilitando uma redução média de 9,33% no valor das contas de energia e gerando, no total, uma economia aproximada de R$ 972 mil.
Já a segunda fase do Mais Energia, Menos Custos consiste na elaboração de um projeto completo de Eficiência Energética. No ano passado, as 60 empresas que receberam a consultoria conseguiram reduzir, em média, 15% do valor das suas faturas. “Nesta etapa, resolvemos todos os problemas encontrados, além de sugerir medidas como troca de equipamentos e revisão de leiautes que proporcionam mais ganhos além daqueles previstos no pré-diagnóstico”, explicou o coordenador técnico em Energia da Diretoria de Inovação e Tecnologia do SENAI-PE, Ricardo Chalegre.
Para custear essa consultoria, micro e pequenas empresas podem contar com subsídio de 70% do SEBRAETEC, sendo responsável apenas pelo pagamento da quantia restante. Ainda é possível receber incentivos da FIEPE, no caso dos negócios que possuem CNAE industrial. Já empresas de médio e grande portes podem aderir à essa etapa por meio de contrato convencional, com condições diferenciadas.
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