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nov 06, 2020

ICEI recua pela primeira vez, desde a flexibilização

Após uma sequência de fortes aumentos desde o retorno das atividades econômicas, em junho, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) pernambucano recua 2,3 pontos no mês de outubro e atinge os 58,3 pontos. Mesmo com a retração, os empresários seguem confiantes porque o resultado permanece acima dos 50 pontos – régua que mede se o cenário está ou não otimista.
De acordo com o economista da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Cézar Andrade, essa leve queda pode estar relacionada ao aquecimento acelerado logo após a retomada e o que se vê agora é uma estabilidade. “Assim que o Governo liberou as atividades, as empresas produziram com tudo para atender a demanda reprimida. No entanto, essa realidade começa a desacelerar e atingir uma estabilidade, o que, em parte, iria acontecer em algum momento”, frisou.
O levantamento da FIEPE aponta que o Índice de Condições Atuais caiu 0,2 ponto em outubro, chegando 52,2 pontos. Ele reflete a percepção dos empresários pernambucanos quanto às condições correntes. O Índice vem crescendo desde julho, uma vez que o indicador voltou a se encontrar acima dos 50 pontos.
Já o de Expectativas, de maneira geral, se mostra otimista quanto aos seis meses seguintes, que, mesmo com o recuo em outubro, o bom desempenho permanece. No mês em questão, o índice de Expectativas decresceu 3,4 pontos frente ao mês de setembro e atingiu 61,30 pontos.
Na visão de Andrade, o que definirá o comportamento do ICEI daqui para frente será a solução para o descompasso entre a oferta e a demanda por insumos. “Com certeza, não contar com matérias-primas a preços competitivos atinge as perspectivas do mercado com relação ao futuro próximo”, registrou o economista.

É que, segundo recente pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a dificuldade em obter matérias-primas ou insumos importados vem desmobilizando a atividade produtiva, porque gerou escassez e aumento dos preços de insumos nesse período de retomada econômica. Adiciona-se a esse choque a desvalorização do real, que aumentou os preços dos insumos importados e dos que, mesmo produzidos no País, têm seu preço atrelado ao mercado internacional.

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