Ex-presidente da FIEPE e da CNI, atualmente delegado representante da Federação na CNI, Armando Monteiro Neto esteve, nesta terça-feira (18), na Casa da Indústria, para discutir com a diretoria os cenários político e econômico de Pernambuco e do Brasil. Para o presidente Ricardo Essinger, o encontro foi “uma oportunidade de debater com os empresários soluções que possam fortalecer a indústria brasileira e do estado de Pernambuco”.

Sobre o balanço de 2021 e as perspectivas para este ano, o empresário, que também já exerceu cargos públicos como deputado federal, senador e ministro, apontou como positivo a recuperação econômica em 2021 – ainda que comparada com 2020, ano fortemente impactado pela Covid-19 – principalmente puxada pelos resultados do setor de construção civil no primeiro semestre; e pela autonomia do Banco Central.

Entre os pontos de preocupação, que precisam ser acompanhados com atenção pelos empresários e toda a sociedade, Monteiro Neto apontou a alta da inflação, acima dos 10%, e a necessidade da aprovação das reformas tributária e administrativa.

“O ano de 2022 traz alguns desafios. Estados fecharam em superávit devido às transferências que vieram do Governo Federal, o congelamento dos salários dos funcionários públicos, a suspensão de alguns pagamentos e o aumento na arrecadação de alguns impostos devido ao aumento do valor de produtos como combustível. Essa combinação de fatores não será mais sustentável para o futuro. É preciso que o estado faça os investimentos necessários para não perder a competitividade”, destacou o ex-presidente da CNI.

Sobre o setor industrial, especificamente, o ex-parlamentar defendeu uma política industrial focada na qualificação da mão-de-obra, em incentivos para modernização e readequação do parque fabril e no estímulo para inovação visando o aumento da competitividade. Para isso, o BNDES teria um papel fundamental, com linhas de acesso a crédito especiais para as pequenas e médias indústrias.

Todos os dirigentes da FIEPE presentes no encontro foram testados contra a Covid-19 e cumpriram os protocolos sanitários.