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dez 02, 2021

Indústria pode se beneficiar com vendas de fim de ano

Com a aproximação das festas de fim de ano, os setores de comércio e serviço terão a chance de recuperar a perda sentida no ano passado, quando estiveram parados em razão das medidas de segurança contra a Covid-19. A indústria, por sua vez, ganha fôlego e segue otimista com essa possibilidade, já que será demandada cada vez mais para atender ao mercado.

Na análise do economista da FIEPE, Cézar Andrade, esse cenário é, sem dúvidas, melhor do que o do ano passado. É tanto que, conforme a variação do Produto Interno Bruto (PIB) Trimestral da Indústria, o segundo trimestre de 2021 do setor apontou para uma arrancada frente ao mesmo período de 2020. Este ano, o dado cresceu 28,3%, enquanto, em 2020, o PIB do segmento registrou queda de 14,1%.

O mesmo movimento aconteceu com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de Pernambuco, que, entre movimentos de estabilidade e aumentos, segue otimista. Neste mês de novembro, houve um decréscimo de 1,5 ponto percentual em relação ao mês de outubro, regredindo de 58,9 para 57,4.

Mas, mesmo assim, o indicador permanece em um cenário satisfatório, acima dos 50 pontos, e isso se deve ao impulso dado pelo índice de expectativas econômicas, que cresceu 1,5 ponto e chegou, confortavelmente, aos 62 pontos. Isso quer dizer que os empresários do setor estão animados com relação ao que o futuro poderá proporcionar em termos de produtividade.

No entanto, explica o economista, essa confiança só vai se reverter em aumento de produção se, de fato, fatores como a vacinação e o controle da doença estiverem avançando. “Embora estejamos num cenário otimista, é necessário cautela na hora de projetar”, reiterou.

Por outro lado, Andrade chama atenção para uma questão: a de que o desempenho será desigual entre os setores econômicos. Isso porque, como os segmentos de comércio e serviço demoraram mais para retomar, será natural uma recuperação mais tardia e, consequentemente, mais represada se comparada à indústria – já que o setor funcionou durante a pandemia por ser considerado uma atividade essencial, com exceção da construção civil.

Mas nem tudo são flores e a recuperação do mercado industrial poderá esbarrar em entraves como o preço médio das matérias-primas e o alto custo dos insumos, que, no 3º trimestre de 2021 apontaram elevação de 74,40% e 59,57%, respectivamente, de acordo com dados recentes da FIEPE.

“Na indústria, o segmento da transformação é aquele que vem apresentando mais dificuldade, porque ele depende bastante de insumos do mercado externo e, por conta da alta nos custos e do dólar, e isso vem impactando o preço final para o consumidor”, disse o economista.

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