Na mais recente edição do Congresso e Exposição do Circuito Nacional do Setor Elétrico (Cinase), realizada ontem (15) no Centro de Convenções de Pernambuco, os principais nomes da indústria e do setor energético do estado e do Brasil se reuniram para discutir estratégias inovadoras e ambiciosas voltadas para a descarbonização e o desenvolvimento tecnológico como práticas ESG. O evento contou com o apoio da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) e participações de figuras de destaque, como Carlos Cavalcanti, diretor Executivo de Suape; Mirella de Melo, especialista de Sustentabilidade da Neoenergia Pernambuco; Oziel Alves, diretor de Tecnologia e Inovação do SENAI e Anísio Coelho, vice-Presidente da FIEPE e presidente do Conselho Temático do Meio Ambiente (Contema), que atuou como moderador do painel.

Suape

Durante o evento, Carlos Cavalcanti apresentou o ousado plano de descarbonização do Complexo Industrial de Suape, que tem como meta reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa até 2038, antecipando o prazo geralmente estabelecido para 2050. Ele enfatizou a importância do engajamento das empresas do complexo, afirmando que “a agenda agressiva de metas é crucial para enfrentar as questões globais e locais de sustentabilidade.”

Neoenergia

Mirella destacou a parceria da Neoenergia com o Governo Federal em iniciativas como o Luz para Todos, que busca universalizar o acesso à energia elétrica em regiões ainda carentes, de projetos de eficiência energética em colaboração com organizações como a UNICEF, além de alcançar a meta estabelecida na empresa de ter 35% a 40% de mulheres entre 2025 e 2030.

SENAI

Oziel Alves, representando o SENAI-PE, discorreu sobre as principais iniciativas da instituição para apoiar a descarbonização da indústria pernambucana. Ele sublinhou a importância de aumentar a competitividade do setor através da formação de competências profissionais voltadas para a indústria 4.0 e a transição energética. “O SENAI está comprometido em colocar a indústria de Pernambuco em um nível de competitividade global, com foco na eficiência energética e na inovação tecnológica”, afirmou Alves. Ele ainda ressaltou o desenvolvimento dos clusters de inovação industrial em Petrolina e Suape, que visam atrair novas indústrias e aumentar o valor agregado das cadeias produtivas regionais.

FIEPE

Anísio Coelho, na sua intervenção final, ressaltou a necessidade de abordar as questões sociais e econômicas que ainda desafiam o estado. “Precisamos aproveitar o momento de competitividade energética que temos no Nordeste para diminuir o hiato social existente”, disse Coelho, defendendo que o desenvolvimento econômico deve estar intrinsecamente ligado à inclusão social.” Acrescentando que a FIEPE reafirma a necessidade de dar continuidade na integração entre indústria, governo e sociedade civil para promover uma transição energética justa e sustentável, consolidando Pernambuco como um polo de inovação e sustentabilidade no Brasil.

Gerência de Relações Industriais – GERI/FIEPE