O Comitê de Transição Energética e Descarbonização do Estado de Pernambuco, reuniu, nesta segunda-feira (23), na sala Porto da Casa da Indústria, novas propostas de representantes dos setores público e privado para a produção de energias renováveis. Foram apresentados trabalhos da Chesf / Eletrobras e da Secretaria do Meio Ambiente de Pernambuco junto à Agência CPRH, além da Copergás – que faz parte do escopo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sdec).

De acordo com o presidente da FIEPE, Ricardo Essinger, é preciso colocar em prática as sugestões que surgiram para retomar o crescimento do Estado. “O SENAI, que atua em rede em todo Brasil, está à disposição para contribuir com o que for necessário”, destacou.

O secretário da secretaria de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, ressaltou que Pernambuco já é uma potência energética. “Temos grandes empresas de geração, transmissão e distribuição de energia como a Chesf/Eletrobras e a Celpe/Neonergia, de onde saem o maior capital humano de técnicos capacitados para inovações. Baterias Moura, no setor privado, também é uma grande aliada no desenvolvimento de pesquisas junto ao setor acadêmico. E ainda temos a estatal Copergás, que está ampliando sua rede de gás natural para contribuir com a redução dos poluentes do ar da indústria do Polo Gesseiro do Araripe”.

O diretor-presidente da Copergás, Felipe Valença, antecipou que existe um grupo de trabalho no Polo Gesseiro, em Araripina, para implementar a isenção de ICMS para indústrias que aderirem ao gás natural como fonte de energia. “Em parceria com o Sindicato das Indústrias do Gesso do Estado de Pernambuco – SINDUGESSO, estamos fechando um grupo de empresas que vão implementar a rede de gás natural que é menos poluente, ganhando os empresários em contrapartida a isenção do imposto ICMS e ganhando o meio ambiente com menor emissão de gás carbônico”, pontuou Valença.

Entre as palestras, esteve a de Planos de Investimento – Projetos de Transição Energética, apresentada pelo gerente da assessoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Chesf/Eletrobras, José Bione de Melo Filho. Ele explicou o conceito de open power para aumentar o leque das tecnologias para produzir energia e fazer com que elas possam trabalhar em conjunto num processo de hibridização. “Exemplo disso é a Usina Solar Flutuante de Sobradinho em que foi instalada a primeira etapa de um sistema fotovoltaico flutuante em reservatórios de água de usina hidroelétrica para gerar energia elétrica”, destacou. Bione também falou da importância de pesquisas desenvolvidas no Centro de Referência em Energia Solar de Petrolina (Cresp).

Na oportunidade, a secretária executiva de Sustentabilidade da SEMAS, Karla Godoy, também apresentou os detalhes do projeto Pernambuco Carbono Neutro, destacando a necessidade de alinhamento dos planos e objetivos dos atores nos ambientes público e privado para a descarbonização do nosso estado, tendo a meta de até 2050 zerar as emissões de carbono no Estado.

No sentido de complementariedade a todas essas ações, o diretor de Monitoramento Ambiental e Inovação da CPRH, Geraldo Moura, explicou que existem 287 empreendimentos que geram energia, em Pernambuco, e que existem iniciativas da entidade de monitoramento da qualidade de ar, tendo sido implementada em 2022 mais uma unidade de observação em Suape.

Além deles, participaram o 2º vice-presidente da FIEPE, José Antonio de Lucas Simón; o 1º e 2º diretores Administrativo, Bruno Veloso e Ricardo Heráclio, respectivamente; o vice-presidente Anísio Coelho; a diretora Regional do SENAI-PE, Camila Barreto; o diretor de Inovação e Tecnologia, Oziel Alves; a secretária de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, Mauricelia Vidal; e representantes de empresas privadas e do poder público estadual.