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set 11, 2025

Conselho Regional da FIEPE Agreste e Tax Group discutem preparação para a Reforma Tributária

A partir de janeiro de 2026, terá início o período de transição da Reforma Tributária. Para esclarecer dúvidas dos empresários que compõem o Conselho Regional Agreste, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) colocou o tema em pauta durante sua reunião mensal, realizada nesta terça-feira (09). O encontro contou com a participação de Tiago Casagrande e Carolina Falcão, representantes da Tax Group, uma das maiores consultorias tributárias do país, que apresentaram os principais pontos de atenção, riscos e oportunidades da nova legislação.

No início da reunião, o diretor regional da FIEPE Agreste, João Bezerra, analisou os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. “O crescimento econômico foi de apenas 0,4%, abaixo do mesmo período do ano passado. A movimentação dos negócios tem mostrado um certo esfriamento, perceptível agora em setembro, apesar de os números se referirem ao segundo trimestre. É fundamental manter a atenção e a expectativa de que a economia volte a ganhar fôlego e recupere seus indicadores”, afirmou.

Em seguida, Tiago Casagrande destacou a necessidade de as empresas priorizarem as adaptações à Reforma Tributária. “Em breve, ficará evidente a diferença entre as empresas que se prepararam e as que pagarão caro por não se adequarem. Algumas ainda estão vulneráveis após a pandemia e a crise econômica, com impostos compondo o fluxo de caixa. E a maioria segue de fora desse movimento de adequação, hoje puxado sobretudo pelas grandes companhias, embora representem a menor parcela do mercado”, explicou.

A advogada tributária e aduaneira Carolina Falcão reforçou as mudanças que o novo modelo deve trazer. Entre os problemas do modelo atual, citou a tributação embutida nos preços, a elevada carga para o setor de serviços e a redução da competitividade. Já como pontos positivos da Reforma, destacou a transparência, a simplificação, a redução de distorções e os menores custos, além da segurança jurídica e da transição gradual. Entre os negativos, ressaltou o aumento da carga tributária, a complexidade da transição e impactos setoriais e regionais, como a possível perda de benefícios fiscais. “As empresas precisam se preparar para ajustar seus sistemas contábeis, revisar preços e contratos e adaptar o planejamento tributário com a maior celeridade possível”, orientou.

Carolina também apresentou os impactos e oportunidades específicos para a indústria. “A Reforma Tributária representa um avanço estrutural, mas exige atenção aos detalhes da regulamentação. O setor industrial precisa se adaptar e buscar eficiência na cadeia produtiva para aproveitar plenamente os benefícios. Acompanhamento técnico e operacional será essencial durante o processo de transição”, destacou. Ao final, lançou a provocação: “Sua empresa está realmente preparada para viver o futuro tributário?”.

Reforçando a importância da preparação, o empresário Alfredo Alves destacou o papel dos contadores. “O contador terá uma grande relevância. Vamos entrar em um cenário novo, com muitas oportunidades e riscos. Para isso, precisamos estar preparados, e o contador é indispensável na condução desse processo”, concluiu.

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