O Conselho Temático de Meio Ambiente (Contema) da FIEPE se reuniu nesta quinta-feira (30), na Casa da Indústria, sob a condução do presidente Anísio Coelho. O encontro teve como pauta central a missão regional que ocorrerá de 6 a 8 de novembro, com visitas à fábrica da Cimento Nacional, em Pitimbu (PB), à Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) e ao Instituto de Inovação em Energias Renováveis do SENAI/RN.

Durante a reunião, Anísio Coelho também apresentou um panorama das últimas ações do Conselho, incluindo o FIEPE Ambiental, o 2º Fórum Nordeste de Economia Circular e o Prêmio ESG .

FIEPE AMBIENTAL
No mesmo dia, o Contema promoveu uma nova edição do FIEPE Ambiental, que teve como foco as “Oportunidades no mercado regulado de carbono”. O evento contou com a participação de especialistas que abordaram aspectos práticos e legais sobre o tema.

Anísio Coelho destacou a importância de valorizar o bioma Caatinga, lembrando que ele ocupa 11% do território nacional, mas ainda carece de investimentos em pesquisa e desenvolvimento. “ Poucos falam no bioma Caatinga, só no Amazônico, e queremos que ele seja reconhecido pelos seus atributos de sustentabilidade ”, afirmou.

Os palestrantes convidados foram Fernando Penedo, diretor de Operações e Projetos do Instituto Amazônia +21, que apresentou mecanismos para captação de recursos a fundo perdido. “Precisamos criar mecanismos de mercado que tornem os investimentos mais acessíveis, compatíveis com o potencial de geração de valor dos negócios”, destacou.

Tiago Andrade Lima, sócio titular de Direito Ambiental e Sustentabilidade do escritório Queiroz Cavalcanti Advocacia, abordou a legislação ambiental aplicada. “A ausência de uma lei específica de proteção ao bioma acaba abrindo precedentes para a exploração irregular”, afirmou.

Já Francisco Campello, diretor técnico da Fundação Araripe e presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga, ressaltou a relevância estratégica da Caatinga. “A Caatinga é um ambiente mais eficiente na captura de carbono do que outros biomas. Precisamos discutir as fontes de energia que ela pode nos oferecer”, observou.