O Fórum de Incentivos Fiscais e Financiamentos Estratégicos foi realizado nesta quarta-feira (20), na Casa da Indústria, promovido pela Abimaq, FIEPE e Simmepe. O encontro contou com a participação de quase 100 pessoas, nos formatos presencial e online, reunindo representantes de bancos de fomento, entidades públicas e lideranças industriais.

O presidente da FIEPE, Bruno Veloso, destacou a importância de o evento ocorrer neste momento, considerando a necessidade de reavaliar e fortalecer as relações comerciais, diante dos desafios recentes decorrentes das medidas tarifárias impostas pelos Estados Unidos.

Ele destacou a importância de buscar alternativas para manter a competitividade das exportações de produtos industrializados e reforçou a necessidade de apoiar a indústria local por meio dos bancos de fomento e de entidades como a Abimaq.

O diretor da FIEPE e da Abimaq, Sebastião Pontes, afirmou que o evento trouxe informações inéditas sobre oportunidades como o spread diferenciado oferecido pelo BNDES, reforçando a importância do fórum no calendário do setor.
Para a presidente da Adepe, Ana Luiza Ferreira, o debate sobre incentivos fiscais é fundamental, sobretudo em um cenário de transição com a reforma tributária. Segundo ela, o modelo de incentivos está sendo atualizado para atender às regiões de desenvolvimento.

Representando o Banco do Nordeste, Neydson Moura explicou que os recursos do FNE estão sendo aplicados em áreas como agricultura familiar e comercial, com destaque para a linha FNE. Essa linha oferece taxas reduzidas, prazos mais longos e maior carência, com expectativa de investimento entre R$ 5,5 e R$ 6 bilhões em Pernambuco em 2025.

O diretor de Gestão de Fundos de Investimentos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, apresentou os fundos disponíveis para a indústria no Nordeste, como o FNE e o FDNE, que podem ser combinados com outras fontes de financiamento. Ele destacou as condições atrativas para investimentos em capital fixo e aquisição de equipamentos.

Por fim, Rodrigo Aguiar, gerente do BNDES para o Nordeste, afirmou que 90% da atuação do banco na região está voltada para micro, pequenas e médias empresas. Ele reforçou a existência de linhas específicas para aquisição de máquinas, equipamentos e inovação, com foco no aumento da produtividade industrial.