A governadora Raquel Lyra esteve hoje (25/1) com dirigentes da FIEPE para um primeiro encontro protocolar de estreitamento entre o poder público estadual e o setor produtivo do Estado. A entrega formal do documento “Sumário Executivo da Politica Industrial de Estado”, atualizado em 2022, elaborado pela FIEPE em parceria com a CEPLAN, deu a tônica do discurso dos empresários. “É muito importante essa iniciativa logo no início da gestão do governo. A partir de agora, é preciso priorizar o modelo de governança. Para dar maior dinâmica e agilidade para essa execução, é preciso que seja uma prioridade para o executivo”, destacou o presidente Ricardo Essinger.

Na ocasião, a governadora assumiu o compromisso de implantar o modelo de governança sugerido no documento, destacou os desafios financeiros e administrativos que estão sendo enfrentados no novo governo e apresentou uma série de medidas que estão sendo adotadas em sua gestão, entre elas, a formação de parcerias e concessões com a iniciativa privada. “Temos feito uma força tarefa para fazer a priorização dos projetos, como é o caso da ferrovia Transnordestina, a reestruturação do metrô do Recife e obras de Transposição do São Francisco. Além disso, estamos criando escritórios de projetos para auxiliar as prefeituras dos municípios. Vocês, empresários, poderão nos ajudar muito nisso. Temos sim boas perspectivas e podem ter certeza que teremos um diálogo permanente nesse sentido”, destacou a governadora Raquel Lyra.

O superintendente da Fiepe, Israel Erlich, fez uma breve apresentação com os principais dados econômicos do Estado, além da metodologia, pilares e dimensões contidas no documento. Como coordenador da política industrial, o diretor Financeiro da FIEPE, Felipe Coêlho, destacou a importância de retomar as ações propostas no documento de Estado. “Foi um trabalho em conjunto, construído em várias mãos, há quase 10 anos, mas pouco foi implantado ao longo desse tempo. Nele, sugerimos, entre outras ações, a isonomia dos benefícios e que esses observem a demanda, avaliando as indústrias existentes, para não aumentar a ociosidade no setor produtivo local. Pendências que continuam atuais e foram atualizadas nessa nova edição. Para isso, colocaremos todas as instituições do Sistema FIEPE à disposição da nova gestão”, destacou.

Contidas na política industrial, os empresários também abordaram temáticas de infraestrutura. Para o 2º vice-presidente da FIEPE, José Antônio Lucas Simon, “além do diálogo continuo com o executivo estadual, é preciso investir nas contrapartidas para a Escola de Sargentos das Armas e outras obras estruturantes para o estado”. Anísio Coelho, vice-presidente da Federação e presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente, sugeriu ações para acabar com os lixões ainda restantes em Pernambuco e pediu novos investimentos para geração de energia com o hidrogênio verde. “Na questão tributária, é preciso devolver a competitividade da indústria existente e, para isso, acabar com as distorções geradas pela cobrança do ICMS Mínimo”, pleito que o empresário formalizou em ofício entregue à executiva.

Para Bruno Veloso, diretor Administrativo da FIEPE, “o Estado precisará ter visão estratégica na seleção de projetos e obras que impactem, significativamente, na economia e a sociedade”. Participaram ainda do encontro o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, e membros da equipe técnica da Federação.

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