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Impactos das tarifas dos EUA nas exportações pernambucanas
Para discutir impactos da possível tarifa dos EUA sobre produtos exportados pelo estado, a FIEPE reuniu lideranças da indústria pernambucana e do Consulado-Geral dos Estados Unidos no Recife, entre elas a cônsul-geral dos EUA no Recife, May Baptista, na última terça-feira (23), na Casa da Indústria.
O presidente da FIEPE, Bruno Veloso, destacou a importância da relação bilateral com os Estados Unidos. “A nossa relação com os Estados Unidos é muito importante. É um parceiro comercial relevante para Pernambuco, com quem temos complementariedade. Precisamos manter esse diálogo aberto”, afirmou.
O ex-ministro Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Armando Monteiro Neto ressaltou o papel histórico dos EUA e defendeu a construção de pontes. “Os Estados Unidos sempre representaram uma economia liberal. Precisamos reconhecer o papel que eles desempenharam ao longo das décadas. Aqui, na Casa da Indústria, queremos contribuir para remover entraves e buscar o diálogo em torno de interesses econômicos convergentes. Não podemos colocar em risco os ativos que construímos juntos”, pontuou.
O gerente de Política Industrial da FIEPE, Maurício Laranjeira, apresentou os dados da balança comercial entre Pernambuco e os EUA, ressaltando que o país é o segundo maior parceiro comercial do estado, tanto em exportações quanto em importações. Ele também destacou os cinco principais produtos pernambucanos que têm os Estados Unidos como destino, os quais são responsáveis pela geração de 24.553 empregos em Pernambuco.
Representando o setor sucroalcooleiro, o vice-presidente da FIEPE e presidente do Sindaçúcar, Renato Cunha, apontou o impacto direto da nova tarifa sobre o açúcar, uma das principais commodities exportadas por Pernambuco.
Já o presidente do Conselho Temático de Comércio Exterior (Comex) da FIEPE, Rubem Martins alertou para a falta de previsibilidade nas mudanças recentes. “Hoje vivemos um cenário em que as regras estão mudando com o jogo em andamento. Isso traz instabilidade e afeta o ambiente de negócios”, disse.
Encerrando as contribuições do setor produtivo, Halim Nagem, presidente do Atitude PE, defendeu um maior prazo de transição para as novas regras. “Nosso pleito maior é pela dilação do prazo para a aplicação da taxa, para que cada indústria tenha tempo de se adaptar às novas condições”, afirmou.
O conjunto de pleitos apresentados pelas entidades e lideranças industriais foi formalizado e entregue aos representantes americanos por meio de um ofício, reforçando o compromisso do setor com um diálogo institucional e construtivo. Estiveram presentes também o ex-presidente da FIEPE, Ricardo Essinger, e o superintendente da FIEPE, Israel Erlich.
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